16 de abr. de 2009

O cone roubado, a cronica

Todos os dias, na linda cidade de São Paulo, cones são roubados a todo instante, quem nunca viu ou nunca o fez? Aquele carro andando em velocidade curiosa, nem meuito rapido, nem muito devagar, que de repente pára a bre a porta ou a janela e abduz o cone da rua...

O fato é que uma vez roubado aquele cone é seu, de mais ninguem, e cria se uma relação de amor com aquele objeto, (já que estamos numa sociedade capitalistas e amamos sim nossos objetos, incondicionalmente, uma vez que estes são seres inanimados e não possuem a capacidade de sentir, quanto menos amor!) e, no meu caso, quando moramos em espaços pequenos, sem muita capacidade de abrigar cones, lá está ele, orgulhoso, ocupando seu espaço, aquele pequeno troféu de um furtinho, isso até darmos uma festa, aí colocamos o cone na nossa porta, para exibi-lo à nossos convidados e demarcar que naquela porta especifica mora uma roubadora de cones, ou uma adoradora destes objetos magníficos. E neste dia, no ápice da curta vida em que meu cone dividiu comigo, na porta da minha casa, ele foi roubado. Roubaram meu cone da porta da minha propria casa!!! Foi um vizinho? Eu não sei. O porteiro? Eu não saberia dizer. Algum amigo? Também não sei. Quem poderia ser, quem seria capaz de tirar um cone de seu lar? Depois de tirarmos essas criaturinhas tristes das ruas, abrigá-las em nossos lares, alguém aparece e, brutalmente, tira o prazer do lar desses seres, muitas vezes, amarelos e pretos.

Aquele cone em particular era um presente, ganhei de um mocinho na volta de uma loooonga noite de balada. Num ar aventureiro ele parou na frente de uma universidade na hora em que os alunos já se dirigiam as suas aulas vazias e capturou o cone rapidamente na frente de vários seguranças que ficaram sem ação frente à tanta cara-de-pau, vendo o cone ir embora pela janela de um carro.

Mas na verdade os cones são objetos feitos para ser roubados, para despertar nas pessoas a sensação de perigo, para que achemos que somos uns fora-da-lei! O ato de roubar cones é a terapia dos jovens que têm preconceito com a rópria terapia, é o porto seguro dos executivos depois de um happy hour, é o brinquedo das criancinhas da rua e o melhor amigo dos bêbados. Me orgulho em viver numa ciade com tantos cones, mas vocês viram o meu cone? Ele é preto e amarelo, meio destruidinho...

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